UMA BREVE ANÁLISE SOBRE ROMANOS CAPÍTULO 8



INTRODUÇÃO DA EPÍSTOLA AOS ROMANOS


Autor: Paulo
Data: 56 dC

Contexto Histórico
Quando Paulo escreveu Rm, por volta de 56 dC, ele ainda não tinha estado em Roma, mas vinha pregando o evangelho desde sua conversão em 35 dC. Durante os dez anos anteriores, ele tinha fundado igreja através de todo o mundo mediterrâneo. Agora, estava chegando ao fim de sua terceira viagem missionária. Esta epístola é, portanto , uma declaração madura de sua compreensão do evangelho. Em Roma, a igreja havia sido fundada por outros cristãos; e Paulo, através de suas viagens, conheceu muito a respeito dos crentes de lá (16.3-15).

Ocasião e Data
É mais provável que Paulo tenha escrito Rm enquanto estava em Corinto, em 56 dC, fazendo uma coleta para ajudar os cristãos necessitados de Jerusalém (15.25-28,31; 2Co 8-9). Ele planejou ir a Jerusalém com essa coleta, depois visitar a igreja em Roma (1.10-11; 15.22-24). Depois de ser revigorado e apoiado pelos cristãos de Roma, planejou viajar para a Espanha para pregar o evangelho (15.24). Ele escreveu para dizer aos romanos sobre sua visita iminente. A carta, provavelmente tenha sido entregue por Febe (16.1-2)

Conteúdo
O tema doutrinal global que Paulo procura demonstrar é que Deus é Justo. Apesar de tudo que aconteceu neste mundo– mesmo que todos os seres humanos sejam pecadores (1.18-3.20); mesmo que Deus não puna, mas perdoe os pecadores culpados (3.21-5.21); mesmo que os crentes possam não viver completamente de uma maneira coerente com a justiça de Deus (6.1-8.17); mesmo que os crentes sofram e a redenção final retarde (8.18-39); mesmo que os muitos judeus não creiam (9.1-11.36) - ainda assim Deus é perfeitamente Justo e nos perdoou através de sua graça. Devido a essa grande misericórdia de um Deus tão justo, devemos seguir um modelo de vida coerente com a própria justiça de Deus (12.1-16.27).

Cristo Revelado
Rm é a história do plano de redenção de Deus em Cristo: a necessidade dele (1.18-3.20), a descrição detalhada da obra de Cristo e sua implicações para os cristãos (3.21-11.36) e a aplicação do evangelho à vida cotidiana (12.1-16.27).

O Espírito Santo em Ação
O ES confere poder na pregação do evangelho e na realização de milagres (15.19), habita em todos que pertencem a Cristo (8.9-11) e nos dá vida (8.11). Ele também nos torna, progressivamente, mais santo na vida diária, nos dando poder para obedecermos a Deus e superarmos o pecado (2.29; 7.6; 8.2,13; 15.13,16), fornecendo-nos um modelo de santidade a seguir(8.4), nos guiando nele (8.14) e purificando nossa consciência para prestar testemunho verdadeiro (9.1). O ES derrama o amor de Deus em nosso coração (5.5; 15.30), junto com alegria, paz e esperança através de seu poder (14.17; 15.13). Ele nos permite orar adequadamente (8.26) e a chamar Deus de nosso Pai, concedendo desse modo, uma segurança espiritual interior de que somos filhos de Deus (8.16). Devemos centrar a nossa mente nas coisas do Espírito, se desejamos agradar a Deus (8.5,6). Embora Paulo descreva brevemente os dons espirituais em RM (12.3-8), ele não faz menção explicita do ES em conexão com esses dons, exceto para referir-se a eles como espirituais em 1.11. A obra atual do ES em nós é apenas um antegozo de sua futura obra celeste em nós (8.23)

Esboço de Romanos
Introcução 1.1-17
Identificação de Paulo 1.1-7
Desejo de Paulo de visitar Roma 1.8-15
Resumo do evangelho 1.18-3.20
I.                    Todos pecaram 1.18-3.20
II. Justificação apenas pela fé 3.21-5.21
III. Praticando Justiça na vida Cristã 6.1-8.39
IV. Deus e Israel 9.1-11.36
V. Aplicações práticas 12.1-15.13
VI. A própria situação de Paulo 15.14-33
VII. Recomendações pessoais 16.1-24
VIII. Bênção 16.25-27


CONTEXTO LOCAL DO TEXTO – ROMANOS 8


1. Contexto social e econômico na cidade de Roma

A capital do império era conhecida pela sua força e poder, no primeiro século da era Cristã Roma já detinha sobre sua direção todo o território do mar mediterrâneo. Roma conquistava, escravizava, saqueava e instaurava governos. Entre os anos 50 e 60 d. C, período em que Paulo escreveu a carta aos Romanos havia na capital do império uma população diversificada e cosmopolita. Roma abrigava pessoas de todas as nações havia uma mistura de línguas e culturas. Havia um grande numero de habitantes judeus naquela época na qual sua grande maioria eram pobres e em geral lavradores, comerciantes e pescadores. A escravidão entre os judeus não era uma prática muito grande, pois a maioria dos judeus eram tidos como cidadãos livres. Diferente da sociedade judaica onde não havia grande variação social, a sociedade pagã na época era dividida em castas e havia uma grande diferença entres os níveis sociais pagãos. A Aristocracia dominava sob as classes menos favorecidas se tornando cada vez mais rica. Depois de ter sofrido com a grande utilização da mão de obra escrava a classe media se tornou uma classe sem lar, pois já não havia como se adequar à sociedade. A plebe por incrível que pareça vivia em situações piores do que os próprios escravos que ainda tinham o que comer e se tornou presa fácil para exploração. Referindo-se aos escravos aqueles que não possuíam nem um privilegio tais como, social, político, econômico e até mesmo religioso constituíam mais da metade da população na cidade de Roma. (Lohse 2000, p.198).

“A sociedade romana, como a grega, foi exemplo de sociedade escravista, embora difira desta em alguns aspectos fundamentais. O processo de concentração de terras pela aristocracia patrícia (camada superior da sociedade), jamais foi abalado, e o poder e a influência daquela camada social permaneceram praticamente inalterados até o fim do Império. A estabilidade desfrutada por Roma durante toda sua existência”, (Souza 2004, p.72).

2. O contexto político na capital romana

Quanto ao contexto político na capital romana, fazemos uso das informações que Lohse nos dá quanto ao começo do período em que Nero governou na capital do império, período esse em que Paulo enviou à epístola a comunidade Cristã em Roma:
“No ano 54 d.C., Cláudio foi envenenado por sua esposa Agripina, que o assassinou para entronizar seu filho Nero, fruto de seu primeiro matrimônio, adotado por Cláudio. Conseguiu-se realizar a mudança sem provocar revolta. Como o novo soberano tinha apenas 17 anos de idade, primeiramente o prefeito dos pretorianos e o filósofo Sêneca, um dos homens mais influentes e mais ricos de Roma, administraram o governo. Os anos de sua regência foram bem-sucedidos. Mas, quando Nero assumiu o governo, tornou-se um homem descomedido. Gostava de apresentar-se publicamente como artista, portava-se como amigo e promotor da cultura grega e procurava conferir esplendor divino à sua soberana majestade. Sem escrúpulos, mandava matar as pessoas que de alguma forma pudessem se contrapor a ele...”, (2000, p. 194).
Analisando como era instaurado o sistema de governo romano Libório Junior nos da informações importantes e afirma que:

“O império romano surgiu após a era macabéia que teve seu fim por volta do ano 37 a. C e que tinha Roma como capital deste vasto e poderoso império. O domínio territorial romano era até estão o maior já visto e narrado por toda a história bíblica e que tinha o imperador como a autoridade máxima. O sistema de governo era provincial, podendo ser senatorial e imperial. As Províncias Senatoriais eram regidas por pré-cônsules que eram nomeados pelo senado romano e que deveriam prestar relatórios anualmente á capital do império. Havia também delegados nomeados pelo próprio imperador com o intuito de cuidarem das finanças e impostos devido ao império. Províncias, governadas por procuradores que também eram nomeados pelo imperador, sendo que possuíam exércitos que ficavam permanentemente nestas regiões”, (www.geocities.com).

3. O contexto cultural e religioso em Roma

Roma fora influenciada pelos gregos que incorporaram muitos de seus deuses em sua cultura, aos poucos a cultura grega se fundiu com a cultura romana. A cidade de Roma era formada por pessoas de origens variadas tais como: gregos, egípcios, gauleses e muitas outras culturas. Os romanos gostavam muito de apresentações teatrais, circenses, e lutas feitas nas arenas onde gladiadores enfrentavam animais e se enfrentava até a morte. No período em que Paulo escreve a epístola havia na capital do império uma grande comunidade judaica, os judeus apesar de algumas dificuldades tinham também algumas regalias como a liberdade de culto, dispensa dos serviços militares e podiam ainda guardar o sábado de acordo com sua crença. Apesar da suas práticas os judeus contavam com algum respeito por parte dos romanos não judeus, havia ainda aqueles que se declaravam simpatizantes do judaísmo.


INTERPRETAÇÃO GRAMATICAL – ROMANOS 8
1 nenhuma condenação. Pelo Espírito somos libertados da prisão do pecado. Bíblia Shedd.
Mesmo que sucumbamos ao pecado, vez ou outra. Andrews Study Bible.
“Inocente; libertem-no!” O que estas palavras significariam pra você se estivesse na cela dos condenados? O fato é que toda a raça humana está condenada – por quebrar repetidamente a santa lei de Deus. Sem Jesus não teríamos qualquer esperança. Mas graças a Deus! Ele nos declarou inocentes e nos ofereceu liberdade do pecado e poder para fazer a Sua vontade. Life Application Study Bible.
2 O Espírito de vida é o Espírito Santo. Ele estava presente na criação do mundo (Gn 1:2) e é o poder por trás do renascimento de cada cristão. Ele nos dá o poder que precisamos para viver a vida cristã. Life Application Study Bible.
3 incapaz de fazer. A lei não tinha a capacidade de vencer o pecado. Podia ressaltar, condenar e até mesmo estimular o pecado, mas não podia eliminá-lo. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Paulo não está criticando a lei moral, mas observa uma vez mais que, por causa da pecaminosidade da humanidade, a lei não pode dar a salvação ao ser humano. Bíblia de Genebra.
no tocante ao pecado (ARA). Como uma oferta pelo pecado [NVI]. Denota a transferência de pecado do pecador para a oferenda sacrificial. Andrews Study Bible.
oferta pelo pecado (NVI). Jesus ofereceu-Se como um sacrifício (“oferta pelo pecado”) por nossos pecados. Nos tempos do Antigo Testamento, sacrifícios animais eram continuamente oferecidos no templo. Os sacrifícios mostravam aos israelitas a seriedade do pecado: sangue deveria ser derramado antes que os pecados pudessem ser perdoados (ver Lv 17:11). Mas o sangue dos animais não realmente removiam pecados (Hb 10:4). Os sacrifícios podiam somente apontar para o sacrifício de Jesus, que pagou a penalidade de todos os pecados. Life Application Study Bible.
4 justas exigências da lei. A lei continua desempenhado um papel na vida do crente – não, porém, como meio de salvação, mas como orientação ética e moral, obedecida por amor a Deus, mediante o poder que o Espírito outorga. Esse é o cumprimento de Jr 31.33, 34. Bíblia de Estudo NVI Vida.
segundo o Espírito. De acordo com os novos desejos criados [em nós] pelo Espírito. Andrews Study Bible.
5-8 Duas mentalidades são apresentadas aqui: a da natureza pecaminosa e a do Espírito. Aquela leva à morte, e esta à vida e paz. A natureza pecaminosa está vinculada à morte (v. 6), à hostilidade contra Deus (v. 7), à insubordinação (v. 7) e à inaceitabilidade diante de Deus (v. 8). Bíblia de Estudo NVI Vida.
5,6 Paulo divide as pessoas em duas categorias – aquelas que se deixam controlar por suas naturezas pecaminosas e aquelas que seguem o Espírito. Todos nós estaríamos na primeira categoria se Jesus não nos tivesse oferecido uma saída. Uma vez que dissemos sim a Jesus, desejaremos continuar seguindo-O porque este caminho nos traz vida e paz. Diariamente devemos conscientemente escolher centrar nossas vidas em Deus. Use a Bíblia para descobrir as orientações e, então, as siga.Em cada situação de perplexidade pergunte a si mesmo: “O que Jesus quer que eu faça?” Quando o Espírito Santo lhe mostrar o que é o correto, faça isto sem duvidar. Life Application Study Bible.
7 inimizade contra Deus. Pura hostilidade contra Deus, incapaz de outra atitude qualquer, é a real atitude mental de todos aqueles que ainda não foram renovados pelo Espírito (3.9-18). A pessoa natural considera Deus como inimigo. Bíblia de Genebra.
9 habita. Se refere ao corpo como um lugar de habitação do Espírito Santo. Ver 1Co 6:19. Andrews Study Bible.
Você já se preocupou se você é ou não realmente um cristão? Um cristão é alguém que tem o Espírito Santo vivendo nele. Se você sinceramente confiou em Jesus pela sua salvação e o reconheceu como Senhor, então o Espírito Santo veio à sua vida e você é um cristão. Não é a presença de determinado sentimento que faz você saber que o Espírito Santo chegou; você sabe isso porque Jesus prometeu que Ele viria. Quando o Espírito Santo está trabalhando em você, você acreditará que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que a vida eterna vem através dEle (1Jo 5:5); você começará a agir como Cristo mandou (Rm 8:5; Gl 5:22, 23); você encontrará auxílio nos seus problemas diários e em suas orações (Rm 8:26, 27); você receberá poder para servir a Deus e fazer a Sua vontade (At 1:8; Rm 12:6ss); e você se tornará parte do plano de Deus para edificar a Sua igreja (Ef 4:12, 13). Life Application Study Bible.
11 Um relato trinitariano da realização da salvação, pressupondo a unidade entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, em Seu ser essencial, da mesma maneira que eles estão unidos na complexa obra da redenção. Bíblia de Genebra.
A garantia da nossa ressurreição é a habitação do Espírito dentro de nós (Ef 1.13, 14; 2Co 5.5). Bíblia Shedd.
O Espírito Santo é a promessa ou garantia de Deus da vida eterna a todos que acreditam nEle. Life Application Study Bible.
14-17 A ideia de adoção não aparece no sistema legal do Antigo Testamento, e Paulo parece ter tomado por empréstimo esse conceito próprio da lei romana, preenchendo-o com a teologia bíblica da paternidade de Deus sobre o seu povo. Bíblia de Genebra.
Paulo usa a adoção ou “filiação” para ilustrar a nova relação do crente com Deus. Na cultura romana, as pessoas adotadas perdiam todos os seus direitos na antiga família e ganhava todos os direitos de um filho legítimo em sua nova família. Ele se tornava um herdeiro pleno dos bens de seus pais. De semelhante modo, quando alguém se torna um cristão, ele ou ela ganham todos os privilégios e responsabilidades de um filho na família de Deus. Um destes enormes privilégios é ser guiado pelo Espírito (ver Gl 4:5, 6). Pode ser que não nos sintamos sempre como filhos d Deus, mas o Espírito Santo é nossa testemunha. Sua presença interior nos lembra quem nós somos e nos encoraja com o amor de Deus (5:5). Life Application Study Bible.
14 guiados pelo Espírito. O Espírito se torna a força dominante na vida, que agora exibe os frutos do Espírito. Ver Gl 5:22. Andrews Study Bible.
Esse caminho de santidade é agora mais completamente descrito como a orientação pelo Espírito, sendo especificada como uma das marcas dos filhos de Deus. Bíblia de Genebra.
filhos de Deus. Deus é o Pai de todos, no sentido de que criou a todos, sendo Seu amor e cuidados providenciais outorgados a todos (ver Mt 5:45). Nem todos, porém, são Seus filhos. … (Jo 8.44). As pessoas passam a ser filhos de Deus mediante a fé no Filho unigênito (e incomparável) de Deus (ver Jo 1.12, 13), e ser guiado pelo Espírito de Deus e´a marca registrada desse relacionamento. Bíblia de Estudo NVI Vida.
15 Aba, Pai. “Abba” expressa um senso de afeto e profundo respeito e significa “papai” em aramaico, a língua de Jesus. Jesus usou “Abba” em Suas orações para Se dirigir a Deus (Mc 14:36). Andrews Study Bible.
Os cristãos são filhos adotados mediante a graça; Cristo, no entanto, é Filho de Deus por natureza. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Não somos mais escravos servis e temerosos; em vez disso, somos filhos do Mestre. Que privilégio! Porque somos filhos de Deus, compartilhamos como co-herdeiros nos Seus grande tesouros. Deus tem nos dado Suas melhores dádivas: Seu Filho, perdão e vida eterna; e Ele nos encoraja a Lhe pedir tudo o que precisarmos. Life Application Study Bible.
16 a segurança do cristão reside no que o Espírito faz por nós e o que Ele testifica em nós, como indicado aqui e em 1Jo 5:10-13. ver tb Rm 8:31-39. Andrews Study Bible.
17 Existe um preço por se identificar com Jesus. Junto com os grandes tesouros, Paulo menciona os sofrimentos que os cristãos devem enfrentar. … Para os cristãos do primeiro século, havia a perseguição econômica e social e alguns enfrentaram a morte. Nós também pagamos um preço por seguir a Jesus. em muitas partes do mundo, hoje, onde o cristianismo é tolerado ou encorajado, não desvem se tornar complacentes com o mundo ao redor. Viver como Jesus viveu – servindo, abrir mão de seus próprios direitos, resistir a pressões para ser igual aos demais – sempre tem um preço. Nada que sofremos, no entanto, pode se comparar ao grande preço que Jesus pagou para nos salvar. Life Application Study Bible.
19 aguarda a revelação dos filhos de Deus. A futura ressurreição dos crentes. Andrews Study Bible.
20 vaidade (ARA; NVI: inutilidade; NKJV: futilidade). Vazio de existência. Andrews Study Bible.
22 dores de parto (NVI; ARA: angústias). Turbulência na natureza, como terremotos, furacões, fome e outras catástrofes. Andrews Study Bible.
A atual condição da criação não é sua condição final; é antes como uma mãe que geme com as dores de parto. A criação inteira tem um destino planejado por Deus, e deseja ardentemente que seja cumprido, tal como se sucede com os próprios crentes (vs 23, 26). Bíblia de Genebra.
23 primeiros frutos do Espírito. Seremos ressuscitados com corpos glorificados como o corpo que Jesus agora tem no Céu (ver 1Co 15:25-28). Nos temos os “primeiros frutos” [ARA: primícias]), a primeira parcela ou pagamento, o dom do Espírito Santo como uma garantia de nossa vida ressurreta (ver 2Co 1:22; 5:5; Ef 1:14). Life Application Study Bible.
24, 25 Em Romanos, Paulo apresenta a ideia da salvação  de processando no passado, no presente e no futuro. É passada porque somos salvos no momento em que cremos em Jesus Cristo como Salvador (3:21-26; 5:1-11; 6:1-11, 22, 23); nossa nova vida (vida eterna) se inicia neste momento. E é presente porque nós estamos sendo salvos; este é o processo da santificação. Mas, ao mesmo tempo, nós não recebemos ainda todos os benefícios e bênçãos da salvação que serão nossos quando o novo reino de Cristo se estabelecer. Esta é a nossa salvação futura, para a qual olhamos à frente com esperança e confiança que mudará nossos corpos e personalidades, quando seremos como Cristo (1Jo 3:2). Life Application Study Bible.
26, 27 Como crente, você não foi deixado a lutar com seus próprios recursos, sozinho, com os problemas.mesmo quando você não sabe as palavras adequadas para orar, o Espírito Santo ora com e por você e Deus responde. Com o próprio Deus ajudando você a orar, você não precisa temer se achegar perante Ele. Peça ao Espírito Santo que interceda por você “de acordo com a vontade de Deus”. Então, quando você trouxer seus pedidos a Deus, creia que Ele sempre fará o que é melhor. Life Application Study Bible.
26 o Espíritonos assiste. O Espírito Santo nos fortalece em nosso estado de fraqueza, do que somos constantemente cônscios. Bíblia de Genebra.
“assistência contra toda oposição”. Bíblia Shedd.
28 Deus opera em “todas as coisas” – não somente em incidentes isolados – para o nosso bem. Isto não significa que tudo que acontecer conosco será bom. O mal prevalece em nosso mundo caído, mas Deus é hábil em mudar todas as circunstâncias ao nosso redor para o nosso bem. Note que Deus não está operando para nos fazer felizes, mas para cumprir o Seu propósito. Note também que esta promessa não é para todos. Ela pode ser reclamada somente por aqueles que amam a Deus e são chamados de acordo com o Seu propósito…. Tais pessoas tem uma nova perspectiva na vida, uma nova mentalidade. Eles confiam em Deus, não em tesouros terrenos; eles buscam a segurança no Céu, não na terra; eles aprendem a suportar, não a se ressentir com a perseguição porque Deus está com eles. Life Application Study Bible.
29 Conhecer subentende uma relação pessoal íntima, e não meramente a consciência de fatos e circunstâncias (Gn 4.1; Am 3.2; Mt 1.25). Bíblia de Genebra.
O objetivo final de Deus é nos fazer semelhantes a Cristo (1Jo3:2). Ao nos tornarmos mais e mais como Ele, descobriremos nossa própria essência, as pessoas que deveríamos ser. Como podemos nos transformados à semelhança de Jesus? Lendo e ouvindo a Palavra, estudando a Sua vida nos Evangelhos, sendo cheios com o Espírito e fazendo a Sua vontade neste mundo. Life Application Study Bible.
29, 30 O propósito de Deus para o Seu povo não foi um pensamento determinado a posteriori. Ele foi determinado desde antes da criação do mundo. As pessoas deveriam servir e honrar a Deus. Se você crê em Jesus, você pode se alegrar com o fato de que Deus sempre te conheceu. O amor de Deus é eterno. Sua sabedoria e poder são supremos. Ele te guiará e te protegerá até o dia em que você estiver na Sua presença. Life Application Study Bible.
30 “Chamado” significa convocado ou convidado. Life Application Study Bible.
O fato de alguém amar a Deus (v. 28) é o resultado da ação divina. Bíblia Shedd.
31-34 Você já chegou a pensar que pelo fato de que você não é bom o suficiente para Deus, que Ele não te salvará? Você já sentiu que a salvação é para qualquer outro, menos para você? Então estes versos são especialmente para você. Se Deus deu o Seu Filho para você, iria Ele reter o dom [dádiva, presente] da salvação? Se Cristo deu a Sua vida por você, Ele não voltará atrás e te condenará. Ele não reterá nada que você precise para viver para Ele. O livro de Romanos é mais que uma explanação da graça redentora de Deus – é uma carta de conforto e confiança endereçada a você. Life Application Study Bible.
31 Que diremos, pois, á vista destas coisas. “Estas coisas” é uma frase que abarca a inteira exibição da graça divina gratuita, estendida a pecadores perdidos, nesta epístola, até este ponto. Bíblia de Genebra.
Se Deus é por nós. No original não se trata de expressão condicional, mas é como se Paulo dissesse “Uma vez que Deus é por nós…”, com aspecto causal (porque”). Bíblia de Estudo NVI Vida.
quem será contra nós. Certamente alguém se oporá a nós, mas Paulo salienta que a essa oposição faltará a capacidade de destruir a fé. Bíblia de Genebra.
32 Aquele que não poupou o seu próprio filho. As palavras de Paulo são uma eficaz reverberação do que se lê na Septuaginta (tradução do Antigo Testamento para o grego), em Gn 22.12. Bíblia de Genebra.
por todos nós. O argumento (do maior para o menor) aqui é semelhante ao de 5.9, 10. Já que Deus deu a dádiva suprema de Seu Filho para nos salvar, certamente nos dará também todo o necessário para levar a cabo a obra iniciada na cruz. Bíblia de Estudo NVI Vida.
O fato que Deus nos deu o Filho, para que morresse por nós, foi o dom supremo, garantindo o dom subsequente de tudo o mais que precisamos quanto à nossa glória plena e final (v. 30). Bíblia de Genebra.
34 intercede. Ministério do Sumo Sacerdote. Ver Ef 1:20; Cl 3:1; Hb 1:3.
Paulo diz que Jesus está intercedendo por nós no Céu. Deus nos absolveu e removeu os nosso pecados e culpa. Então, é Satanás – não Deus – quem nos acusa. Quando ele assim o faz, Jesus, nosso advogado de defesa, permanece à direita de Deus para apresentar nosso caso. Life Application Study Bible.
36 O Salmo 44.22 é citado para demonstrar que o sofrimento sempre fazia parte da experiência do povo de Deus. Bíblia de Estudo NVI Vida.
35-39 No judaísmo, o sofrimento era sempre visto como a representar uma maldição divina, um sinal da rejeição de Deus (ver Dt 28-29). Paulo reitera a posição que ele estabeleceu em Rm 8:1: não há condenação para os que estão em Cristo, mesmo quando eles sofrem. Andrews Study Bible.
Estes versos contém uma das mais confortantes promessas em toda a Escritura. Crentes tem sempre enfrentado dificuldades em várias formas: perseguição, doenças, aprisionamento e até mesmo a morte. Estas coisas poderiam fazê-los temer que haviam sido abandonados por Deus. Mas Paulo exclama ser impossível sermos separados de Cristo. Sua morte por nós é a prova deste amor irreprimível. Nada pode impedir a constante presença de Cristo conosco. Deus nos diz quão grande é o Seu amor para que tenhamos total segurança nEle. Se acreditarmos nestas esmagadoras certezas, não temeremos medo. Life Application Study Bible.
Paulo queria demonstrar a seus leitores que o sofrimento não faz separação entre os crentes e Cristo, mas, na realidade, os conduz em direção ao alvo final. Bíblia de Estudo NVI Vida.
35, 36 Estas palavras foram escritas a uma igreja que logo iria sofrer terrível perseguição. Em poucos anos, a situação hipotética de Paulo se tornaria em dolorosa realidade. Esta passagem reafirma o profundo amor de Deus por Seu povo. Não interessa o que acontece conosco, nunca poderemos nos perder deste amor. O sofrimento não nos afastará de Deus, mas nos ajudará a nos identificar mais com Ele ainda mais e permitirá que o Seu amor nos alcance e nos cure. Life Application Study Bible.
37 mais que vencedores. (gr hupernikomen). Somos super vencedores. Bíblia Shedd.que nos amou. Referindo-se especialmente à morte de Cristo na cruz. Bíblia de Estudo NVI Vida.
REFERENCIAS CRUZADAS
Romanos 8 fala sobre as seguintes doutrinas: Justificação, regeneração e reconciliação, a seguir algumas referencias cruzadas em relação a esses temas:
Justificação: Atos 13.39, I Cor 6.11
Regeneração: II Cor 5;17, Gl 6.15
Reconciliação: II Cor 5. 18-20, Rm 5. 10,11

CONSTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO BÍBLICO DOUTRINÁRIO
É um grande privilégio para o crente, depois de sua conversão passar da posição de criatura para filho. Não somente filho, mas herdeiros e co-herdeiros. Isso é visto claramente no livro de Romanos. No capítulo 8:14 “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”.

Romanos 8:17 “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados”. Esses versículos comprovam nossa posição de filhos de Deus. Também temos liberdade diante de Deus como nos é dito nos versos 15 e 16 do capítulo 8 “Porque não recebestes o espírito de escravidão para viverdes outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: aba (pai)”. De acordo com esses versos nós podemos chegar a Deus através da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Que sofreu na cruz para nos salvar da condição de perdidos. Você através da adoção pode ter posições diante de Deus:

1. Filho (Rm 8: 14).

2. Herdeiro (Rm 8:15).

3. Co-herdeiro (Rm 8:17).

4. Liberdade (Rm 8:15).

5. Um corpo glorificado (Rm 8:19-23).

6. Temos herança em Cristo (Rm 8:17).



APLICAÇÃO DO TEXTO – ROMANOS 8

No texto de Romanos 8 podemos ver Deus como o grande mobilizador da obra redentora da humanidade, através da sua infinita graça que não poupou nem o próprio filho Jesus Cristo o fazendo satisfazer a sua justiça através do seu sacrifício no calvário, sacrifício este que nos colocou em uma nova condição de vida para manifestarmos o reino de Deus nestas terra.  



CONCLUSÃO

Uma das características de Paulo é seu impulso a evangelização. Não existem barreiras de oposição ele vai em frente. A vida de Paulo é cheia de perseguições à causa do evangelho. Tudo aquilo que anuncia não é fruto de sua imaginação ele quer tornar conhecido Cristo, cujo vida ele O entregou. O capítulo 8 fala do pecado que desagrega a natureza humana, Paulo sabe muito bem disto e afirma a grande expectativa da criação é “pela revelação dos filhos de Deus”, construindo uma sociedade diferente, onde homem e natureza se harmonizam. Conforme o versículo 28 “daqueles que são chamados” nós somos os chamados por Deus para que seu plano tenha plena realização.
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